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Oh, adolesc锚ncia distante, risonha e encantada! Aqueles anos 60, banhados pela rebeldia doce e pela descoberta de um mundo que pulsava sob meus p茅s. Ali, entre as notas de uma Rita Pavone e os sil锚ncias que moravam em minha timidez, conheci os primeiros sussurros de minha alma, que se insinuava 脿 vida, aos sentimentos, 脿quela vastid茫o de ser e sentir.

Como era d贸cil o cora莽茫o, um bal茫o de festa perdido no vento! Descobri minha sexualidade entre versos de can莽玫es e olhares furtivos, e, sem perceber, o tempo j谩 corria mais r谩pido que os meus sonhos. Veio a Jovem Guarda, suas rimas doces que embalavam encontros e desencontros, at茅 que, numa esquina da hist贸ria, esbarrei com a dura realidade: viv铆amos uma ditadura.

Oh, que desengano! Como um vinho amargo, a verdade se derramou sobre meu peito. Foi na universidade que tomei consci锚ncia do inevit谩vel, do curso tortuoso da hist贸ria. E entre livros e protestos, vivi amores que deixaram marcas, como trilhas sonoras gravadas na mem贸ria. Cada melodia, uma saudade; cada acorde, um perfume perdido.

Casei-me, ent茫o, “para sempre”, como juram os jovens esperan莽osos. Vinte anos se passaram como um suspiro longo, e dali vieram dois tesouros: meu casal de filhos, promessas vivas de um amor que, embora findo, deixou mem贸rias que brilham feito estrelas em noites escuras.

A vida, contudo, 茅 uma dan莽a de surpresas. Por escolhas minhas, ou talvez pelo capricho do destino — ah, que brincalh茫o ele 茅! — encontrei-me nos abra莽os de outra mulher. E que abra莽os…! Ela, meu porto seguro, meu farol na tempestade, a companheira com quem desejo atravessar o derradeiro oceano.

Hoje, o mesmo disco que girava na vitrola para Rita Pavone ressoa nos momentos mais doces que a maturidade me permitiu colher. A m煤sica n茫o parou, e que nunca pare! Que cada nota seja embalada pelo vinho rubro que aquece minha alma e d谩 asas aos sonhos que, teimosos, ainda brilham neste velho cora莽茫o.

Am茅m, digo, com os olhos marejados e o copo erguido. Que esta sinfonia n茫o tenha fim, e que o 煤ltimo acorde seja doce como o primeiro. Jamais… Jamais deixarei que a m煤sica se cale!
饾搻饾摰饾摥饾摳 饾摀饾摦饾摰饾摰饾摢 饾摐饾摳饾摲饾摬饾摤饾摢


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